É impressionante a tamanha cumplicidade que existe entre nós…jamais esperava na minha vida encontrar alguém que sendo tão diferente se assemelha tanto a mim.
Tudo acontece de uma forma tão inocente que por vezes nem nos apercebemos e só notamos quando isso “salta à vista” dos outros que nos rodeiam.
Acho que nunca vi ninguém ter tamanha cumplicidade com outra pessoa. Não digo que seremos únicas mas, que não há ninguém como nós, lá isso tenho a certeza.
Já lemos o olhar uma da outra e conseguimos perceber o “turbilhão” de emoções pelo qual estamos a passar naquele momento mas, na minha opinião falta-nos algo que ainda ia baralhar mais os que nos rodeiam, sabes o que é? Completarmos as frases uma da outra.
Não sei se acreditas nisto mas, cada momento em que me encontro sozinha, tenho saudades tuas. Sei que será demasiado forte chamar a isto “dependência” mas, é o que sinto.
Realmente é difícil encontrar um momento até agora que tenha sido indiferente porque, até mesmo aqueles em que as lágrimas chegaram, palavras menos bonitas foram usadas, são únicos e são sempre recordados.
Para mim esta cumplicidade é…sermos diferentes em tudo aquilo que somos iguais, é reagirmos de maneira tão igual a determinadas divergências que por vezes fico confusa e tenho a sensação que de que me estou a olhar ao espelho…esta cumplicidade é…simplesmente aquilo que todos anseiam alcançar e nunca sabem como fazer para a ter. E agora te pergunto, o que é para ti ser cúmplice de alguém?
Porquê é que não existem palavras diferentes que possamos usar em pessoas como tu? É que as palavras começam já por se tornar corriqueiras e repetitivas e em muitas das ocasiões vejo-me obrigada a usa-las mais vez para expressar aquilo que sinto em relação a ti. A todo o momento deviam ser criadas novas palavras para também termos oportunidade de escolha, para sabermos que palavra se adapta mais ao tipo de pessoa com quem convivemos.
Tenho medo que um dia tudo isto acabe, sou sincera…tenho medo de um dia não ser capaz de dizer a palavra que tu tanto anseias ouvir e que entre nós comece a existir silêncio…um silêncio angustiante, em que não se é capaz de expressar sentimentos, em que apenas os nossos corações dizem o que sentem sem que os lábios se movam…o meu maior receio é mesmo que deixe de existir esta cumplicidade única que tanto nos caracteriza e a tantos faz confusão.
Não posso querer pedir algo eterno mas, posso, sim, pedir algo que me faça sentir diferente do mundo que me rodeia…algo como um simples gesto, um carinho, uma ajuda sem ser precisa, um sorriso extravagante, uma tristeza distante, uma amiga…o que eu quero é alguém que consiga ser cúmplice de mim mesma…quero alguém como tu…
segunda-feira, 9 de março de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
ADOREI este texto... é simplesmente pura a forma como falas da tua amiga!
ResponderEliminarè tao bom ter amigos verdadeiros, só quem não os tem e que não lhes sabe dar o valor devido!
Continua a postar... tens textos de qualidade não haja dúvida.
Bjituh ritita