terça-feira, 21 de julho de 2009

Caminhos





O tempo não estava muito convidativo para eu me dedicar à arte fotográfica mas, mesmo assim resolvi arriscar e fui até Sintra. De máquina na mão comecei a minha longa caminhada até à Quinta da Regaleira, onde me deparei com uma vastidão de temas para escolher.




À medida que os minutos iam passando, as ideias e as fotografias iam surgindo e foi ao chegar aos inúmeros labirintos que a Regaleira mostrava, que decidi começar a fotografar algo tão simples como, caminhos.





Agora com o tema já delineado, chegou a altura de dar vida às pedras, às raízes e às escadas que compõem a maioria destes caminhos. É sempre uma incerteza aquando a escolha de um caminho, porque, nunca sabemos onde é que eles nos levam, nem sabemos os obstáculos que se vão deparar na nossa jornada.

Podemos escolher aquele que nos parece ser o mais acertado, aquele que aparenta não ter qualquer tipo de dificuldades. É sempre feito em linha recta e que no fim nada tem. Depois começam as dificuldades, escadas infinitas ou subidas abruptas que não sei se o meu corpo aguenta escalar? Se no mais fácil nada encontrei, o que é que poderei esperar destes?





Algo insignificante ou uma certeza desconcertante que não irei chegar ao fim para saber o que cada um deles contém. Perante tanta dúvida só me restou continuar em frente, quebrando a gravidade.


Vou superando todas as adversidades até que o meu olhar captou algo completamente diferente de todos os outros caminhos, já por mim explorados. Este tinha a simplicidade do primeiro mas, havia algo nele que despertava a atenção. Duas separadas por meros metros de gravilha, que vistas de um plano interior, davam a sensação que iam desabar a qualquer instante.


Caminhos? Mas que caminhos haveremos de escolher?


Os caminhos são um conjunto de outros caminhos que nos podem dar tudo ou levar a parte incerta. Podemos ter caminhos constituídos por terra e pedras, enquanto outras podem ter a dureza do cimento das escadas que os completam ou até mesmos das rochas já com fendas e rachas que nos dão a perceber que de certo já viveram muito mais do que qualquer um de nós.



quarta-feira, 8 de julho de 2009

À procura de ti...

Procuro-te por toda a parte mas, parece que te escondes por detrás do mundo, só para que eu não te consiga olhar nos olhos.
Não posso dizer que alguma vez te tive porque, nunca te tive por completo na minha vida. Foram breves os momentos em que te senti perto de mim.
Mas porquê é que teimas em fugir de mim nos momentos em que mais preciso de ti? Naqueles momentos em que me preciso de camuflar, para que o mundo não me vejo, nem me ouse criticar.
Há alturas que eu nem sei o que és...se és pessoa ou sentimento vivido,ilusão ou certeza desconcertante por não saber quando irás aparecer...ou se meramente és o meu reflexo ao espelho...
Vasculho todos os caminhos desconhecidos, na esperança de a ti te encontrar mas, tudo é em vão. Sâo tantos os caminhos que percorro, que me sinto como se estivesse num labirinto...não consigo alcançar o meu desejo, nem consigo voltar atrás e por isso deixo-me cair...fico sentada a contemplar este cruzamento de estradas que tanto me persegue...mas que caminho hei de escolher? Aquele que chama por mim constantemente e está repleto de uma luminosidade extravagante ou aquele me repele e anseia que deixe de existir?
Tanta incerteza paira no ar...tu pareces um ser misterioso que se deu a conhecer mas, que nunca mais apareceu.
Será que realmente existes ou terei que passar o resto da minha vida à tua procura? À procura de ti...meu sorriso perdido...