quinta-feira, 11 de junho de 2009

Quem sou eu

Quando me olho ao espelho, todas as manhãs, não reconheço aquela pessoa que me fixa com o seu olhar. Pergunto o seu nome e não obtenho qualquer resposta...tudo é tido como um eco de diferente tons.
Não posso dizer que me conheço verdadeiramente porque, a cada dia que passa eu vou-me transformando e de um momento para o outro passo a ser uma desconhecida, até mesmo para mim.
Será que algum dia nos iremos realmente conhecer? O mundo está em constante mudança e nós para nos habituarmos ao que muda vemo-nos quase “obrigados” só a conhecer um dia de cada vez, dando a sensação aqueles que connosco falam que cada dia somos um alguém diferente.
Podia pedir a ti, ou até mesmo a outro alguém, que me dissesse quem sou mas, não sei se iria querer saber, tenho medo de não gostar de saber quem sou.
Gostava de ser capaz de me definir apenas por uma palavra ou duas mas, não sei se alguma se adapta a mim porque, quem não se conhece não é capaz de utilizar palavras para se exprimir.
Mas afinal quem sou eu? Sou uma pessoa, tão simples e inofensiva como muitos mas, ao mesmo tão complexa e violenta como os demais. Sou alguém como tu, gosto de ser como é, mesmo não se conhecendo, que apenas sonha com um único objectivo...chegar a conhecer-se completamente, nem que seja apenas por um dia...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Palavras Invisiveis

Porquê é que apenas consideramos um escritor como sendo alguém que “pinta” os livros com palavras, algumas nunca ouvidas por nós e não consideramos os outros que verdadeiramente o são?
Existem muitas pessoas capazes de misturar palavras com sentimentos e nos levar a imaginar sítios jamais visitado mas, nenhuma dessas pessoas é capaz de fazer aquilo que fazes.
De uma maneira única consegues exprimir algo que para muitos é tido como sendo uma palavra forte. Sem usares qualquer tipo de palavra, sem que a tua boca emita qualquer tipo de som, sem que o teu olhar fale com o meu, tu consegues dizer-me algo que já tinha saudades de ouvir. Fizeste-o de uma forma sublime que até me custou perceber o que me tinhas deixado escrito. Deixaste-me a pensar quando me perguntaste se eu sabia o que tinhas feito, pois naquele momento eu estava longe dali e também não me apercebi porque, pensei que fosse apenas um gesto amigo…mas quando fechei os olhos dei por mim a relembrar isto…tu desenhaste, na palma da minha mão, com a ponta dos teus dedos uma palavra invisível que jamais alguém irá saber qual é porque, nem todos conseguem ler o que nos está tatuado nas mãos…